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Israel x Palestina: apartheid sanitário conduzido sistematicamente por Israel.

O conflito entre Israel e Palestina não é recente e tem suas raízes no contexto pós Segunda Guerra Mundial quando, pelo plano de partilha da ONU, em 1948, é fundado o Estado de Israel encontrado ao lado ocidental de Jerusalém, enquanto a Palestina ficaria ao oriente. Mesmo que tenha sido essa divisão inicial, os palestinos nunca tiveram uma posse legítima sobre as terras e foi quando Israel ocupou Jerusalém oriental, em 1967, sendo o marco do litígio.

O conflito, que foi diluído nas manchetes, teve sua ascensão durante a pandemia da Covid-19, não somente pela intensa repressão de Israel aos palestinos e a atuação do grupo extremista Hamas, mas como também pela irresponsabilidade e diferenciação do governo Israelense com o tratamento da Covid-19 perante aos palestinos. Enquanto Israel afrouxa suas medidas sanitárias, tendo vacinado mais de 56% da população, somente 5,7% dos palestinos foram vacinados, sendo atacados por uma nova variante (MEMO, abril 2021).

A islamofobia se faz presente, Israel negou a vacina aos palestinos fazendo a manutenção da segregação sofrida pela Palestina. Israel, mesmo sendo o Estado ocupante, tendo responsabilidade e obrigatoriedade pelas leis internacionais, tem se recusado a auxiliar palestinos durante a pandemia em territórios dos quais controla, territórios em que detém controle dos recursos materiais e imateriais. Israel não só impõe severas restrições à entrada de medicamentos e equipamentos médicos em Gaza, mas também limita a quantidade de combustível permitida para a única usina elétrica.

A posição de Israel é claramente uma violação aos direitos humanos, a Palestina encontra-se acometida com a pandemia e com uma pobreza aguda. É importante ressaltar que a posição de Israel viola também o direito das crianças, sendo culpados por interromper a prestação de serviços aos mais novos sendo violada a implementação da Convenção sobre os Direitos da Criança acordada pelo direito internacional, é negado melhores tratamentos, o que muitas vezes causa a morte.

A pandemia exacerbou a pobreza nos territórios palestinos, levando muitas crianças a recorrerem ao trabalho e à mendicância. O abandono escolar entrou em vigor para conter a propagação do vírus, apesar das autoridades palestinas pedirem às escolas que adotem a aula online, essa opção é inalcançável para a maioria dos jovens palestinos, pois, pela precariedade financeira familiar, não tem sequer acesso aos direitos fundamentais e itens básicos quem dirá acesso à internet.

A situação pandêmica dos palestinos é caótica e Israel faz de tudo para dificultar mais ainda o combate à pandemia nos territórios palestinos. Mesmo Israel sendo elogiado internacionalmente pela velocidade da vacinação de sua população, é perceptível a gravidade do crime israelense de discriminação no fornecimento de vacinas e proteção contra a perigosa pandemia do coronavírus revelando a realidade e a verdade do sistema israelense de apartheid.

 

Escrito por: Sabrina Thomaz, Acadêmica de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

 

Referências:



UNICEF, UNICEF. Convenção sobre os Direitos da Criança. UNICEF. Consultado em 31 de julho de 2021


GALVIN, James. Israel x Palestina: 100 Anos de Guerra. 1° ed.


CARAMURU TELES, Bruna. Palestinos, migrantes e refugiados e o fechamento de fronteiras na pandemia COVID-19l, Cadernos de Campo, São Paulo, v. 29 (suplemento), p. 278-288, 2020.





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