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O combate ao terror na África


O terrorismo é comumente conceituado como um ato de violência que busca atingir um objetivo político. Na definição da antiga OUA (Organização da Unidade Africana), é considerado terrorismo qualquer ato ilícito que cause algum tipo de dano e que tenha como objetivo: intimidar, causar medo, forçar, coagir de modo a abalar o poder vigente.

Com isso, em território africano, mais especificamente na Nigéria, o Boko Haram tem como objetivo a destruição do Estado nigeriano, que segundo eles está sob influência ocidental, e instituir um califado, ou estado teocrático sob orientação islâmica regido pela sharia. Com essa bandeira, o grupo tomou o poder na maior parte do território no nordeste da Nigéria sendo que os doze estados que possuem a maioria da população muçulmana passaram a aceitar a sharia como parte da legislação oficial. Sendo considerado o grupo terrorista mais mortal, o Boko Haram financia seus ataques através de sequestros, além do envolvimento com o tráfico internacional de armas e drogas.

Na Somália, o grupo terrorista Al-Shabaab controla os territórios no sul do país, instaurando o caos, o controle do Estado também é o seu objetivo, assim como o Boko Haram, visando através do controle, implantar a Sharia em todo o território somali. A Al- Qaeda é, por vez, outro relevante grupo terrorista, pois embora sua desarticulação, sua atuação ainda como grupo influenciou a criação de outras células.

Os conflitos no continente africano são advindos de diferentes motivos, sejam étnicos, culturais e políticos, se tratando de um flagelo a ser combatido arduamente no continente. Assim, a estrutura organizacional de segurança da União Africana (UA), se posiciona na linha de frente neste combate, e o Conselho de Paz e Segurança é o pilar principal em tal estruturação, o qual por sua vez pode atuar em conjunto com as Comunidades Econômicas Regionais ou com os Mecanismos Regionais de Prevenção, Gestão e Resolução de Conflitos, buscando o compartilhamento de informações para decisões imediatas.

Contudo, o combate aos conflitos instaurados no continente vão em consonância a uma estratégia de busca por um desenvolvimento econômico, pautando-se em avanços em direitos humanos e sobretudo na estabilidade africana, de modo a seguir as metas da Agenda 2063.


Referências:


ESCORREGA, Luís Falcão. A arquitetura de paz e segurança africana, 2010.


APPIAH, Juliana Abena. Avalianda a arquitetura de paz e segurança africana (APSA) a partir de uma abordagem institucionalista e pela diferença que fez na África desde 2002, 2018.


ROSSI, Amélia; DEMÉTRIO, André. Arquitetura de paz na África: Consolidação da União Africana para o estado de paz no continente, 2016.


AFRICAN UNION. Webmail, acessado em 20 de outubro de 2021. Disponível em: https://au.int/


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